Vuelve La Liga: confira o guia para o retorno do Campeonato Espanhol

O futebol está de volta a Espanha. Após três meses de paralisação a La Liga recomeça nesta quinta-feira com o Dérbi de Andaluzia

Vinícius Eira
15 min readJun 11, 2020
O capitão do Barcelona, Lionel Messi, levantando a Taça da La Liga da temporada 2018/2019 (Victor Salgado/FC Barcelona)

Assim como já ocorre na Alemanha, a bola volta a rolar na Espanha nesta quinta-feira (11) com o Dérbi da Andaluzia entre Sevilla x Real Betis. Adotando alguns padrões de segurança impostos em terras germânicas, a La Liga terá futebol sem torcida, testagem em massa um dia antes e verificação de temperatura de jogadores e funcionários antes da entrada ao estádio, máscaras para quem está fora das quatro linhas, protocolo de entrada dos jogadores e limite de 5 substituições. Quem acompanhou algum jogo da Bundesliga já se familiarizou com o novo momento do futebol, por pior que seja em alguns aspectos.

Por outro lado, o documento proposto na Espanha apresenta algumas diferenças, como por exemplo, não há uma regra que impeça comemorações entre os jogadores — assunto que causou controvérsia na Alemanha. Além disso, os estádios serão divididos em zonas para que não haja aglomeração de funcionários; os times de casa e fora chegarão em horários distintos e os ônibus das delegações terão limites de 25 pessoas; as viagens deverão ser feitas em voos ou trens fretados; os atletas deverão ter certificado médico de um dia antes para jogarem; os vestiários devem ser desinfetados e selados no dia anterior aos jogos e os jogadores serão obrigados a trocar de uniforme no intervalo. Além disso, os estádios terão som da torcida fornecidos pela EA Sports, fabricante do jogo de videogame FIFA. Todas essas medidas para que haja o retorno do torneio que, para muitos incluindo este que vos escreve, é o mais divertido da Europa.

Mas após mais de três meses de paralisação, como estava o Campeonato Espanhol, e o que podemos esperar para o seu retorno?

A La Liga possui 20 equipes que se enfrentam em turno e returno totalizando 38 rodadas, assim como o Campeonato Brasileiro. Quem possuir mais pontos é o campeão, com os critérios de desempate também iguais aos que temos aqui. Os quatro primeiros vão a Liga dos Campeões, o 5º e o 6º jogam a Liga Europa na próxima temporada, e os 3 últimos são rebaixados a segunda divisão. Paralisada na 27ª rodada, o Espanhol ainda tem mais 11 jogos e 33 pontos em disputa, com possibilidades de muitas reviravoltas. Confira o guia do retorno do Campeonato Espanhol.

Pela glória máxima

Antes de toda La Liga, Barcelona e Real Madrid surgem como principais favoritos, muito por conta de seus elencos milionários e recheado de grandes estrelas. Uma vez ou outra, um dispara, o outro fica para trás, ou algum terceiro time se mete no meio. E esse ano a disputa é parelha. Com tabela mais difícil, o Barça tem a vantagem de dois pontos.

Barcelona

  • Cidade: Barcelona;
  • Fundação: 1899;
  • Estádio: Camp Nou (99.334 espectadores);
  • Títulos: 26;
  • Posição atual: 1º — 58 pontos (18 vitórias, 4 empates e 5 derrotas);
  • Técnico: Quique Setién;
  • Craque: Lionel Messi.

O líder é o Barcelona, que nos últimos anos vem sendo soberano na Espanha, com oito títulos em 11 anos — além de seis Copas do Rei no mesmo período. A equipe treinada hoje por Quique Setién ainda sofre com fantasmas do passado recente de eliminações doloridas na Europa, e atuações bastante irregulares. Por mais que seja dominante no Camp Nou, o escrete culé sofre quando joga em terreno hostil, e a troca de comando técnico ainda não mostrou a evolução esperada. Além disso, o Barça conta com elenco de média de idade alta e deve passar por reformulação de algumas peças para a próxima temporada, mas antes quer buscar o 27º título e se aproximar ainda mais do seu maior rival.

Real Madrid

  • Cidade: Madri;
  • Fundação: 1902;
  • Estádio: Santiago Bernabéu (81.044 espectadores);
  • Títulos: 33;
  • Posição atual: 2º — 56 pontos (16 vitórias, 8 empates e 3 derrotas);
  • Técnico: Zinedine Zidane;
  • Craque: Karim Benzema.

Que no caso é o Real Madrid. Os merengues seguem de perto o Barça na tabela e buscam retomar a dinastia espanhola. O maior campeão do Campeonato Espanhol viu a diferença cair na última década, conquistando apenas duas taças, e sendo vice em cinco. Os galáticos sofreram muito com a saída de Cristiano Ronaldo e a alta sequência de trocas no comando técnico. Mas nessa temporada, os comandados de Zidane mudaram um pouco o DNA do clube, e vem mostrando uma grande consistência defensiva (foram apenas 19 gols sofridos em 27 jogos). Agora falta o ataque retomar o caminho de sucesso com os retornos de Hazard e Asensio, e parar de perder pontos bobos caso não queira ver os blaugranas conquistarem mais um título.

Barcelona e Real Madrid disputam o título da La Liga (German Parga/FC Barcelona)

A Liga dos Campeões é logo ali

Já a briga pelas competições europeias segue bastante acirrada — desconsiderando os dois gigantes que brigam pelo título e tem vantagem confortável –, cinco times disputam duas vagas para a Liga dos Campeões, e consequentemente outros dois ficarão com vaga para Liga Europa e um sem nada — caso nenhum clube espanhol vença a Champions ou Europa League e abra uma nova vaga. Veja como vem Sevilla, Real Sociedad, Getafe, Atletico de Madrid e Valencia para a reta final da La Liga.

Sevilla

  • Cidade: Sevilha;
  • Fundação: 1890;
  • Estádio: Ramón Sánchez Pizjuán (42.714 espectadores);
  • Títulos: 1;
  • Posição atual: 3º — 47 pontos (13 vitórias, 8 empates e 6 derrotas);
  • Técnico: Julen Lopetegui;
  • Craque: Lucas Ocampos.

O terceiro colocado hoje é o Sevilla, treinado por Julen Lopetegui. Uma equipe que passou a ter consistência defensiva e que consegue apresentar variações táticas de acordo com o adversário. Mesmo que tenha atenção dividida entre Espanhol e Liga Europa, o escrete que carrega o nome de sua cidade apresentou futebol que o credencia a se manter na terceira colocação, além de contar com excelente temporada do atacante argentino Lucas Ocampos.

Real Sociedad

  • Cidade: San Sebastian;
  • Fundação: 1909;
  • Estádio: Anoeta (32.076 espectadores);
  • Títulos: 2;
  • Posição atual: 4º — 58 pontos (18 vitórias, 4 empates e 5 derrotas);
  • Técnico: Imanol Alguacil;
  • Craque: Martin Odegaard.

Logo atrás temos um dos times com melhor futebol na Espanha hoje, a Real Sociedad. A equipe basca conta com o terceiro ataque mais positivo da Liga, um estilo vertical e muita movimentação do meio para a frente que os credenciaram a busca por uma vaga na Champions e a chegada a final da Copa do Rei. Odegaard, Oyarzabal, Portu e Isak vem se mostrando como um grande quadrado mágico.

Getafe

  • Cidade: Getafe;
  • Fundação: 1983;
  • Estádio: Coliseu Alfondo Pérez (17.393 espectadores);
  • Títulos: 0;
  • Posição atual: 5º — 46 pontos (13 vitórias, 7 empates e 7 derrotas);
  • Técnico: José Bordalás;
  • Craque: Ángel Rodríguez.

Com o mesmo número de pontos, mas uma vitória a menos, temos o Getafe e os Coringas de Bordalás. Com um elenco barato, e atenções divididas entre La Liga e Liga Europa, a sensação da Espanha vem tomando atenção com uma defesa forte, posse de bola eficiente e movimentação constante. A Liga dos Campeões não pode escapar pelos dedos pela segunda temporada consecutiva.

Atlético de Madrid

  • Cidade: Madri;
  • Fundação: 1903;
  • Estádio: Wanda Metropolitano (67.829 espectadores);
  • Títulos: 10;
  • Posição atual: 6º — 45 pontos (11 vitórias, 12 empates e 4 derrotas);
  • Técnico: Diego Simeone;
  • Craque: Saúl.

Com as saídas de nomes importantes como Griezmann e Godin, o Atletico de Madrid demorou para se encontrar na temporada. João Félix não rendeu o esperado e a equipe era inconsistente. Mas o simeonismo vive! O Atleti viu Felipe e Lodi crescerem, Llorente caiu como luva no meio, e o time voltou a tomar forma. Com defesa agressiva e transições rápidas, os comandados de Simeone eliminaram o Liverpool na Liga dos Campeões, e devem incomodar muito na briga pelo G-4, mas para isso, os empates têm que dar lugar as vitórias.

Valencia

  • Cidade: Valencia;
  • Fundação: 1919;
  • Estádio: Mestalla (55 mil espectadores);
  • Títulos: 6;
  • Posição atual: 7º — 42 pontos (11 vitórias, 9 empates e 7 derrotas);
  • Técnico: Albert Celades;
  • Craque: Dani Parejo.

Fora da zona de classificação para as competições europeias, o Valencia luta para reencontrar os melhores momentos do clube, mesmo em uma temporada tão conturbada. O excelente técnico Marcelino foi demitido por conta de crise interna com o proprietário do clube, Peter Lim. Além disso, a equipe teve um grande problema de lesões, e mesmo sendo líder do grupo na Champions com Chelsea e Ajax, a equipe foi varrida pela Atalanta nas oitavas. Resta juntar os cacos e buscar seu melhor futebol. Elenco para isso tem, e ficar de fora de competição europeia seria uma vergonha para o clube.

Sevilla e Real Sociedad completam a zona de classificação para a Liga dos Campeões (Reprodução/Sevilla FC)

Sonho de desbravar a Europa

O Villarreal apresenta futebol inconsistente, mas com elenco talentoso, pode sonhar com vaga na Liga Europa.

Villarreal

  • Cidade: Villarreal;
  • Fundação: 1923;
  • Estádio: La Cerámica (23.500 espectadores);
  • Títulos: 0;
  • Posição atual: 8º — 38 pontos (11 vitórias, 5 empates e 11 derrotas);
  • Técnico: Javier Calleja;
  • Craque: Santi Cazorla.

O maior clube dos que ainda não conquistaram o Campeonato Espanhol, o Villarreal sofreu com algumas saídas pontuais no início da temporada, mas ainda apresentava peças importantes e a expectativa era de ver o Submarino Amarelo brigando mais acima na tabela. Porém, demonstrou muita inconsistência, perdeu 11 partidas e não conseguiu acompanhar o pelotão de cima. Se retomar o caminho das vitórias, pode incomodar.

O Villarreal de Santi Cazorla demonstrou inconsistência no início da temporada, mas ainda sonha com Liga Europa (Reprodução/Villarreal CF)

Na meiuca

Granada, Athletic Bilbao, Osasuna, Betis, Levante e Alaves vão se consolidando no meio de tabela. Sem muito fôlego para buscar competições europeias, vão buscar algumas vitórias para se afastar de vez da ameaça do rebaixamento.

Granada

  • Cidade: Granada;
  • Fundação: 1931;
  • Estádio: Nuevo Los Cármenes (23.156 espectadores);
  • Títulos: 0;
  • Posição atual: 9º — 38 pontos (11 vitórias, 5 empates e 11 derrotas);
  • Técnico: Diego Martinez;
  • Craque: Darwin Machís.

O recém-promovido Granada vem surpreendendo na temporada. Com uma equipe equilibrada, que busca ser consistente atrás para ter domínio na frente, o escrete andaluz se acostumou a estragar a festa de muita gente na temporada. Além de chegar às semifinais da Copa do Rei, a equipe de Diego Martínez já praticamente cumpriu o objetivo de não ser rebaixada. Jogando um futebol sem pressão, e provavelmente não brigando por mais nada, a equipe já pode pensar no futuro.

Athletic Bilbao

  • Cidade: Bilbao;
  • Fundação: 1898;
  • Estádio: San Mamés (53.289 espectadores);
  • Títulos: 8;
  • Posição atual: 10º — 37 pontos (9 vitórias, 10 empates e 8 derrotas);
  • Técnico: Gaizka Garitano;
  • Craque: Iñaki Williams.

O Athletic Bilbao sofre os efeitos de um início ruim de campeonato, e muita instabilidade. Por mais que tenha a terceira defesa menos vazada da La Liga, a equipe não conseguiu encontrar um bom ritmo ofensivo e marcou apenas 29 gols. Além disso, viu o grande ídolo, Aritz Aduriz, se aposentar durante a paralisação. Mas ainda assim, a equipe basca chegou à final da Copa da Espanha, contra o maior rival, a Real Sociedad, e espera o título para não dizer que desperdiçou por completo a temporada.

Osasuna

  • Cidade: Pamplona;
  • Fundação: 1920;
  • Estádio: El Sadar (19.800 espectadores);
  • Títulos: 0;
  • Posição atual: 11º — 34 pontos (8 vitórias, 10 empates e 9 derrotas);
  • Técnico: Jagoba Arrasate;
  • Craque: Chimy Ávila.

Tem clube que não vê como demérito a realidade de se manter no meio de tabela, e o Osasuna é um exemplo disso. O atual campeão da Segunda Divisão, apresentou um futebol bastante ofensivo no último ano vencendo 26 dos 42 jogos. Mantendo um time equilibrado e intenso, a equipe de Pamplona vai dando trabalho na La Liga.

Real Betis

  • Cidade: Sevilha;
  • Fundação: 1907;
  • Estádio: Benito Villamarín (60.721 espectadores);
  • Títulos: 1;
  • Posição atual: 12º — 33 pontos (8 vitórias, 9 empates e 10 derrotas);
  • Técnico: Rubi;
  • Craque: Nabil Fekir.

Uma das maiores decepções da temporada talvez não sofra ameaça de rebaixamento, mas também não briga na parte de cima da temporada. O Real Betis fez excelentes contratações como Nabil Fekir e Borja Iglesias, e era cotado como um dos postulantes a vaga da Ligas dos Campeões. Mas a equipe de Sevilha se mostrou bastante irregular, sofre muito defensivamente e não empolgou. O Betis tem qualidade, e pode surpreender, mas precisa encontrar seu ponto de equilíbrio.

Levante

  • Cidade: Valencia;
  • Fundação: 1909;
  • Estádio: Ciutat de Valencia (26.354 espectadores);
  • Títulos: 0;
  • Posição atual: 13º — 33 pontos (10 vitórias, 3 empates e 14 derrotas);
  • Técnico: Paco Lopez;
  • Craque: Aitor.

O Levante é a maior incógnita da Espanha. Sempre sendo tratado como possível rebaixado, a equipe de Valencia se manteve em 9 das últimas 10 edições da La Liga, e quando foi rebaixado em 2016, foi campeão da Segunda Divisão. Mesmo assim, o time não consegue emplacar uma boa campanha, sendo um tanto quanto inconsistente ano após ano. Porém, nas últimas temporadas passou a levar fama de time chato, tirando alguns pontos dos grandes. O Levante deve permanecer na La Liga mais uma vez, e se deixarem, vai ser dor de cabeça das equipes de cima.

Deportivo Alavés

  • Cidade: Vitoria-Gasteiz;
  • Fundação: 1921;
  • Estádio: Mendizorroza (19.840 espectadores);
  • Títulos: 0;
  • Posição atual: 14º — 32 pontos (6 vitórias, 11 empates e 10 derrotas);
  • Técnico: Asier Garitano;
  • Craque: Lucas Pérez.

Não podemos dizer que o Deportivo Alavés tem o melhor futebol da Espanha, ou é o clube mais equilibrado, melhor ataque ou melhor defesa, muito pelo contrário. A equipe basca é basicamente o exemplo perfeito de time que passa o campeonato todo flertando com o rebaixamento, mas que tem jogadores que basicamente sustentam todo o resto. No Alavés quem sustenta é a trinca Lucas Pérez, Joselu e Aleix Vidal. Sem eles, o time simplesmente não marca gols. Pérez ainda é o terceiro artilheiro do campeonato com 11 gols, além de dar cinco assistências. Mesmo assim, o escrete deve abrir o olho para o que vem de baixo, e buscar um equilíbrio maior entre as peças do elenco.

Athletic Bilbao e Real Betis não conseguiram engrenar na temporada, e amarguram o meio da tabela (Reprodução/Athletic Club)

Flertando com a segunda divisão

Assim como o Alavés, algumas outras equipes estão próximas da zona de rebaixamento, mas por esse lado, não apresentam salvadores da pátria. Valladolid, Eibar e Celta de Vigo devem ter um fim de campeonato agitado na busca pela permanência na Liga das Estrelas.

Real Valladolid

  • Cidade: Valladolid;
  • Fundação: 1928;
  • Estádio: José Zorrilla (27.846 espectadores);
  • Títulos: 0;
  • Posição atual: 15º — 29 pontos (6 vitórias, 11 empates e 10 derrotas);
  • Técnico: Sergio González;
  • Craque: Rubén Alcaraz.

Ainda no segundo ano da gestão Ronaldo Fenômeno, o Real Valladolid segue com pés no chão. A ideia é se consolidar na La Liga, formar jovens, e usar da influência do R9 para trazer bons jogadores por empréstimo. E mesmo com um dos piores ataques da competição, com 23 gols, a equipe vai se mantendo fora da zona do rebaixamento, muito por conta das boas temporadas de Salisu, e do goleiro ex-Barça Masip. O elenco não oferece boa qualidade técnica, e deve sofrer nessa reta final.

Eibar

  • Cidade: Eibar;
  • Fundação: 1940;
  • Estádio: Ipurua (7.083 espectadores);
  • Títulos: 0;
  • Posição atual: 16º — 27 pontos (7 vitórias, 6 empates e 14 derrotas);
  • Técnico: José Luis Mendilibar;
  • Craque: Fabian Orellana.

Um dos poucos clubes com presidente mulher no mundo, Amaia Gorostiza, o Eibar, que a 10 anos atrás estava na terceira divisão, cresceu, subiu a La Liga, e não é rebaixado a seis temporadas, chegando a ser um incomodo constante aos grandes espanhóis. Mas para 19/20, as contratações não surtiram o efeito que vinha tendo, o futebol apresentado é bem pobre e a defesa sofreu 41 gols em 27 jogos — 4ª pior. Além disso, o time não terá o apoio de sua torcida, que faz uma pressão grande no Ipurua, onde conquistaram 19 dos seus 27 pontos.

Celta de Vigo

  • Cidade: Vigo;
  • Fundação: 1927;
  • Estádio: Balaidos (31.800 espectadores);
  • Títulos: 0;
  • Posição atual: 17º — 26 pontos (5 vitórias, 11 empates e 11 derrotas);
  • Técnico: Oscar Garcia;
  • Craque: Iago Aspas.

Considerando um elenco com Iago Aspas, Santi Mina, Rafinha, Denis Suárez, Smolov, Sisto, Brais Méndez e outros, o Celta é uma enorme decepção. A equipe melhorou consideravelmente seu sistema defensivo, mas o ataque, mesmo com os nomes citados acima, é pífio. Foram 22 gols em 27 jogos, segunda pior marca. E mesmo que vinha crescendo antes da parada, não perdendo a cinco jogos, o Celta ainda tem muito a se provar. Se não abrir o olho, a segunda divisão é realidade.

Celta e Valladolid terão que lutar muito para se manterem na primeira divisão (Reprodução/Real Valladolid CF)

Z-3

Por fim, temos as equipes que amarguram a zona do rebaixamento. O fantasma da segunda divisão atormenta os sonos de Mallorca, Leganés e Espanyol, e ambas precisam crescer consideravelmente se quiserem se manter na La Liga.

Mallorca

  • Cidade: Palma;
  • Fundação: 1916;
  • Estádio: Iberostar (23 mil espectadores);
  • Títulos: 0;
  • Posição atual: 18º — 25 pontos (7 vitórias, 4 empates e 16 derrotas);
  • Técnico: Vicente Moreno;
  • Craque: Salva Sevilla.

Que o Mallorca teria uma temporada difícil, todos nós já suspeitávamos. O elenco é limitado, e fora de casa a equipe somou apenas cinco pontos em 13 jogos. Além disso, o Mallorca ostenta a segunda pior defesa da La Liga com 44 gols sofridos, é o time que mais perdeu com 16 derrotas e ainda encara o Barcelona no retorno do certame. Sem o apoio da torcida em casa, e com péssima campanha fora dela, o panorama é dificílimo.

Leganés

  • Cidade: Leganés;
  • Fundação: 1928;
  • Estádio: Municipal de Butarque (11. 454 espectadores);
  • Títulos: 0;
  • Posição atual: 19º — 23 pontos (5 vitórias, 8 empates e 14 derrotas);
  • Técnico: Javier Aguirre;
  • Craque: Óscar Rodríguez.

Mesmo com 91 anos de história, o Leganés fez sua estreia na La Liga na temporada 2016/2017. Graças a outra presidente mulher, Maria Victoria Pavón, que tirou o clube de uma sequencia de 10 anos na terceira divisão e o levou a primeira, estando nela a 4 anos seguidos. O Leganés nunca conseguiu sair da parte de baixo da tabela, mas também nunca esteve tão ameaçado de rebaixamento como neste ano. A equipe marcou míseros 21 gols, pior ataque do certame, e ainda viu seu principal atacante, Martin Braitwaite ir para o Barcelona. Com quatro das cinco vitórias em casa, vamos ver como o escrete se comporta sem torcida, e se terá força necessária para se livrar do descenso.

Espanyol

  • Cidade: Barcelona;
  • Fundação: 1900;
  • Estádio: Cornellà-El Prat (40.500 espectadores);
  • Títulos: 0;
  • Posição atual: 20º — 20 pontos (4 vitórias, 8 empates e 15 derrotas);
  • Técnico: Abelardo Fernández;
  • Craque: Raúl de Tomás.

E o Espanyol em? Além de ter que aturar todo o sucesso do maior rival, o Barcelona, a equipe hoje ostenta o pior futebol da Espanha. Eliminado da Liga Europa pelo Wolverhampton, é o lanterna da La Liga, tem apenas 4 vitórias em 27 jogos, e conta com a pior defesa do torneio com 46 gols sofridos. A equipe não chegava perto de título, mas sempre fazia campanhas regulares, brigando por competições europeias, mas com as saídas de Iglesias e Hermoso, o rendimento caiu. A seis pontos do primeiro time fora da zona de rebaixamento, se não passar por grande mudança, pode disputar a segunda divisão pela segunda vez, fato que ocorreu a 26 anos atrás.

Espanyol pode retornar a segunda divisão após 26 anos, enquanto o Mallorca deve ser rebaixado um ano após o acesso (Reprodução/RCD Mallorca)

Estatísticas

  • Artilheiro: Lionel Messi com 19 gols;
  • Líder de assistências: Lionel Messi com 12 assistências;
  • Melhor ataque: Barcelona com 63 gols marcados;
  • Pior ataque: Leganés com 21 gols marcados;
  • Defesa menos vazada: Real Madrid com 19 gols sofridos;
  • Defesa mais vazada: Espanyol com 46 gols sofridos;
  • Goleiro com mais defesas: Aitor (Levante) com 126.

Atenção dividida

Barcelona, Real Madrid, Atletico de Madrid, Sevilla e Getafe ainda disputam competições europeias. Athletic Bilbao e Real Sociedad jogam a final da Copa do Rei.

Tabelas de Barcelona e Real Madrid

Barcelona: Mallorca (F), Leganés (C), Sevilla (F), Athletic Bilbao (C), Celta (F), Atletico de Madrid (C), Villarreal (F), Espanyol (C), Valladolid (F), Osasuna (C) e Alavés (F).

Real Madrid: Eibar (C), Valencia (C), Real Sociedad (F), Mallorca (C), Espanyol (F), Getafe (C), Athletic (F), Alavés (C), Granada (F), Villareal (C) e Leganés (F).

Transmissão na TV

A La Liga pertence ao grupo Disney, e deve seguir sendo exibida na ESPN, Fox Sports e Fox Premium.

11 de junho (quinta)
17h00: Sevilla X Betis — ESPN Brasil

12 de junho (sexta)
14h30: Granada X Getafe — ESPN Brasil
17h00: Valencia X Levante — Fox Premium

13 de junho (sábado)
9h00: Espanyol X Alavés — ESPN App
12h00: Celta X Villarreal — App Fox
14h30: Leganés X Valladolid — Fox Premium
17h00: Mallorca X Barcelona — Fox Premium

14 de junho (domingo)
9h00: Athletic Bilbao X Atlético de Madrid — Fox Sports
14h30: Real Madrid X Eibar — ESPN Brasil
17h00: Real Sociedad X Osasuna — Fox Premium

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